“Não é um Hospital da Criança, é um prédio abandonado”, afirma secretário de Saúde de Cabo Frio

Por determinação do prefeito de Cabo Frio, Dr. Adriano Moreno, uma comitiva da Secretaria de Saúde de Cabo Frio, com integrantes de setores como Patrimônio, da Comissão de Controle de Infecção e da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade, vistoriou nesta sexta-feira ( 27), o Hospital Municipal da Criança, localizado no Jardim Nautillus. A unidade, que está desativada desde o início de dezembro de 2016, foi encontrada em completo abandono. O secretário de Saúde, Antônio Macabu, acompanhou a inspeção.

“É um crime que uma unidade de saúde de referência em Cabo Frio e com estrutura melhor do que em muitos hospitais que trabalhei pelo Brasil esteja em completo abandono, totalmente sucateado e com diversos objetos roubados. Aquilo não é mais um Hospital da Criança e, sim, uma herança que recebemos com esse nome, mas que na verdade é um prédio público abandonado. A situação é crítica, mas estamos estudando com muito cuidado para decidirmos o que poderá ser feito: reabrí-lo ou dar novo uso ao espaço. É preciso critério para encontrar uma solução que resolva o problema sem onerar os cofres públicos”, afirmou o secretário.

No interior do prédio o cenário é de desalento: lixo por toda parte, inclusive fezes humanas, detritos diversos, vidros estilhaçados, material hospitalar e outros insumos usados que foram descartados de maneira incorreta, além de equipamentos como incubadoras, berço aquecido, cama de UTI, suportes para berço jogados pelo chão e muita sujeira. Como se não bastasse todo o abandono físico-estrutural, centenas de registros de pacientes destruídos e espalhados em locais diferentes da unidade. Além disso, muitos equipamentos foram roubados, como a fiação elétrica, que terá que ser toda refeita, a mangueira do sistema de incêndio, o portão de garagem, as luminárias, pias, torneiras entre outros.

“A deterioração é enorme e o metro quadrado para recuperar a estrutura física hospitalar do prédio é de quatro a cinco vezes mais caro do que reformar para uso administrativo. É possível fazer, mas o custo é muito alto. É necessário fazermos uma análise cuidadosa”, avaliou o secretário Felipe Araújo, da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade.

Devido ao longo período de abandono, o local vinha sendo invadido por pessoas em situação de rua e até usuários de drogas, apesar do tapume que havia no local. Para evitar novas incursões indevidas à unidade, esta sendo construído um muro na entrada do hospital.

UPA do Parque Burle também passa por vistoria

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Burle a situação é menos caótica, mas necessita de cuidados. A comitiva também esteve no espaço nesta sexta-feira. Em vários setores o chão está afundando, o ar-condicionado não funciona e alguns objetos, como cadeiras, estão quebrados. De acordo com o Conselho Municipal de Infecção Hospitalar (Comcies), o Abrigo de Resíduos da UPA está fora das normas técnicas como estar localizado fora do prédio, ter isolamento no chão, funcionar em uma área com boa ventilação entre outras.

Almoxarifado: desabastecido e em péssimas condições estruturais

Das três unidades visitadas nesta semana, é possível afirmar que o Almoxarifado da Saúde é o local com o maior número de problemas. Além das péssimas condições estruturais do prédio, com mofo em diversos locais, fiação elétrica exposta, geladeiras de vacinas com funcionamento precário, chama a atenção a falta de remédios, alguns deles básicos, de uso cotidiano. Os medicamentos também estão mal acondicionados, estando muitos deles vencidos ou com validade próxima a vencer. Outra conclusão é que se trata de um espaço com área subutilizada, mal distribuída e sem nenhum controle de estoque geral, seja de entrada e saída, seja de distribuição às unidades.

Para se ter uma ideia da falta de gerenciamento do local, a porta onde ficam guardados os medicamentos controlados foi arrombada em fevereiro de 2015, segundo informações de funcionários da unidade. As condições em que o almoxarifado foi encontrado não condizem com as informações que foram passadas à atual gestão, de acordo com o secretário de Saúde, Antônio Macabu.

“Fiz uma visita surpresa, mas quem foi surpreendido fui eu, já que recebi informação de que estaria tudo organizado, abastecido, mas a realidade é outra. Tem medicamentos que não têm muito uso em grande quantidade e outros com uso mais frequentes faltando. A ausência de compromisso e de profissionalismo foi o que mais me assustou. Falta controle, abastecimento e transparência no que se refere ao almoxarifado da saúde”, afirmou Macabu.

O prefeito Dr. Adriano Moreno, afirmou que está tomando todas as medidas para melhorias no serviço de saúde oferecido na cidade: “A nossa comitiva está averiguando o estado das unidades de saúde que herdamos. São muitos os problemas, mas como tenho dito, nos empenharemos ao máximo para oferecer os serviços que a população merece”, finalizou.


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