Semana Municipal de Ciência e Tecnologia, movimenta centenas de pessoas em diversas regiões de Cabo Frio. A Praça São Cristóvão foi cenário de dezenas de atividades e ações sociais, envolvendo estudantes do município e toda a população. Já a Praça Porto Rocha sediou oficinas de Matemática com a UERJ e o concerto didático do grupo Camarada Matagal, que inspirou e comoveu muitas pessoas que passavam pelo local, com canções autorais e instrumentos confeccionados pelos próprios músicos. Alunos de diversas escolas públicas também apresentaram trabalhos, peças de teatro, exposições e oficinas com diversos temas.
A apresentação do Camarada Matagal foi um dos pontos altos do dia. O grupo é um projeto de Luthieria Criativa que oferece oficinas de construção de instrumentos musicais com elementos naturais, madeiras nobres recicladas e peculiares como o bambú. O grupo promove essas oficinas em comunidades para crianças e jovens, inclusive em uma escola de Cachoeira de Macacu. Eles conversaram um pouco com o público, enviando mensagens de amor e incentivo aos jovens e parabenizando os alunos pelo trabalho desenvolvido nas oficinas.
“O conhecimento pode vencer a escuridão, criando uma sociedade justa, igual e tolerante. Parabéns aos jovens que hoje estão aqui, dedicando-se a isso”, afirmou Frederico Klurfan, integrante do Camarada Matagal. Para ele, que também é educador de agroecologia, instrumentista e pedagogo, a ciência pode se desenvolver de forma construtiva, sem degradar a natureza, transformando a realidade, promovendo a criatividade e sensibilizando as pessoas.
Estudantes de diversas escolas das redes municipal e estadual promoveram oficinas na Praça Porto Rocha e, além da apresentação de trabalhos científicos, puderam interagir e trocar experiências entre si. Alunos do Colégio Municipal Rui Barbosa ofereceram uma oficina de pipas tetraédricas, trabalho recreativo que desenvolve habilidades matemáticas e também tem a função de entretenimento, já que elas podem ser alçadas e voar. Eles ensinaram o passo a passo da confecção de uma pipa com canudos de plástico, palitos e papéis de seda coloridos, além de também presentearem o público com algumas produções.
Para Alex Vitor Pinheiro (19 anos), aluno do 3° ano do Ensino Médio do Rui Barbosa, a oportunidade de conhecer o trabalho de outras escolas e a divulgação pública da Educação são diferenciais na rotina acadêmica dos estudantes. “Minha escola costuma fazer muitos projetos assim, só que internamente. É muito legal ver as escolas se juntarem para um evento numa praça, onde as pessoas podem passar e ver o nosso trabalho. A Educação é algo tão importante e mostrar isso para a comunidade é interessante”.
Alunos da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista apresentaram alguns trabalhos de agricultura, como a horta vertical, contextualizando as ciências da Terra à realidade urbana contemporânea. “É muito importante mostrar para os que estão passando nas ruas esse trabalho, porque muitos não ainda não o conhecem e gostam de aprender coisas novas. A horta que trouxemos hoje foi feita ontem, durante o estudo de uma matéria de agricultura e matemática. Temos uma bem maior, que é um hexágono, mas trouxemos esta por conta da facilidade em transporta-la. A horta poliédrica vertical é útil para as pessoas que desejam ter uma alimentação saudável, mesmo morando em lugares pequenos e em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Ela pode ser feita de diversas formas e pode ser colocada em qualquer parede, em diferentes espaços”, explicou Ana Carolina Maciel, aluna do 3° ano do Ensino Médio da unidade.
