Cabo Frio quer ampliar número de famílias acolhedoras

Objetivo é acolhimento de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar como medida de proteção

A Prefeitura de Cabo Frio está trabalhando para ampliar o número de famílias acolhedoras na cidade. Atualmente o município possui algumas cadastradas junto à Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente, precisando aumentar para receber crianças e adolescentes que vivenciam violação de direitos. A falta de famílias capacitadas faz com que a maioria das crianças e adolescentes sejam acolhidas no abrigo municipal.

O serviço Família Acolhedora é pensado como uma política pública para viabilizar e assegurar direitos, garantindo o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Os interessados em participar do acolhimento familiar recebem, de forma voluntária, crianças ou adolescentes de 0 a 18 anos que estejam afastados de suas famílias de origem por medida de proteção.

De acordo com Sonia Basson, coordenadora do serviço em Cabo Frio, para ser uma família acolhedora é preciso preencher alguns requisitos.

“Podem se cadastrar todas as configurações familiares. O mais importante é que os interessados obedeçam a alguns critérios como morar em Cabo Frio no mínimo há três anos, ter mais de 21 anos, não estar em nenhum cadastro de adoção, não ter ficha criminal e ter muito amor para oferecer, porque é exatamente isso que essas crianças e adolescentes mais precisam no momento em que são acolhidas”, explicou.

Mas não basta apenas preencher esses requisitos. Após se cadastrar, os interessados passam por capacitação junto à equipe, como parte da preparação para o acolhimento. Assistente Social do serviço, Bruna Cabral explica que o acolhimento é temporário, e que o processo busca o fortalecimento dos vínculos entre as crianças e adolescentes e suas famílias de origem.

“São muitos os motivos que fazem com que as crianças e adolescente precisem estar em acolhimento. Esse acolhimento é temporário porque, durante todo o processo, é feito um trabalho junto da família de origem. A família acolhedora não pode estar em nenhum cadastro de adoção nem ter interesse em adotar porque o objetivo desse projeto é reinserir essas crianças de volta às suas famílias, e quando a família acolhedora tem intenção em adotar, esse trabalho de reinserção pode ficar comprometido”, esclareceu Bruna.

A secretária da Criança e do Adolescente de Cabo Frio, Betânia Batista, contou que na falta de famílias acolhedoras, crianças e adolescentes que vivenciam situações de violação de direitos acabam sendo encaminhados para o obrigo municipal.

“No abrigo nós fazemos de tudo para que essas crianças sintam-se acolhidas, protegidas, amparadas. Mas não temos condições de dar um tratamento individualizado como elas merecem, e que é tão importante. No abrigo cuidamos de vários jovens ao mesmo tempo, por isso é tão difícil manter a individualidade de cada um: todos comem na mesma hora, acordam na mesma hora, dormem na mesma… E por mais que tenhamos muito carinho com todos, viver em abrigo não é a mesma coisa que viver em família. Quando essas crianças percebem que é possível quebrar um padrão de abandono ou violação de direitos, elas passam a ter uma nova experiência de vida, e acabam quebrando aquele ciclo vicioso de repetição de comportamentos negativos: ‘eu vivi uma situação de violência em casa, então é esse o exemplo que vou levar quando tiver minha família’. Com a família acolhedora essa visão se quebra, e a gente consegue acabar com esse ciclo”, explicou a secretária.

Quem quiser conhecer mais sobre o serviço, que funciona na sede da antiga Prefeitura, no Braga, pode fazer o agendamento pelo telefone (22) 3199-9932.

“Mesmo quem não tem condições de receber uma criança em casa pode nos ajudar na divulgação do projeto para o seu grupo de amigos. Antes da pandemia fazíamos isso em rodas de conversas, nas faculdades e outros lugares. Como não é mais possível neste momento, contamos com as pessoas que simpatizam com a causa”, explicou Sonia Basson.

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