População pode acionar a Vigilância em Saúde e solicitar a remoção
A Prefeitura de Cabo Frio está reforçando as ações de combate aos caramujos africanos. Nesta terça-feira (4) agentes de endemias atuaram no bairro Vila do Sol. A equipe foi acionada por meio de denúncias feitas por moradores através do telefone (22) 2644-7916. Na última semana foi a vez do bairro Passagem receber a visita dos agentes.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental alerta que neste período de chuvas é mais comum a proliferação de caramujos africanos devido às condições climáticas, que são favoráveis à sobrevivência do animal. Para conter o avanço dessa praga, além das ações do setor público, o apoio da população é determinante.
Embora pareçam inofensívos, os caramujos africanos (Achatina fulica) podem transmitir doença ao ser humano, como verminoses conhecidas como angiostrongilíases. A transmissão acontece por meio do muco que produzem para se deslocar (quando se toca o caramujo e depois leva-se a mão à boca) ou por meio da sua ingestão através de verduras e hortaliças mal lavadas e higienizadas.
Por esse motivo, a Vigilância em Saúde Ambiental orienta que as pessoas nunca toquem nos caramujos sem uso de luvas ou sacos plásticos nas mãos. Recomenda, também, que após eventual contato com o animal seja feita higienização adequada das mãos. Já os alimentos que entraram em contato com caramujos devem ser descartados. Os demais, antes de serem consumidos, devem ser desinfetados com solução de água sanitária. Apesar da possibilidade de transmissão dessas verminoses, não há registro da doença em Cabo Frio até o momento.
“Recomendamos, ainda, que a população mantenha os quintais e terrenos limpos, pois geralmente são nesses locais que os caramujos se escondem”, acrescenta a Coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Andreia Nogueira.
A forma mais adequada de se eliminar os caramujos africanos é por meio do controle mecânico, que consiste na catação manual destes animais. Após proteger as mãos para pegar os moluscos, a recomendação é acondicioná-los em um saco de lixo. Em seguida, deve-se jogar quantidade abundante de sal em cima deles para matá-los.
“Como o sal grosso desidratará os animais, formando líquido no interior do saco, outra dica é colocar tudo dentro de outro saco, esperar duas horas, e comunicar à Comsercaf para que a autarquia dê destinação correta ao resíduo gerado”, explica Andreia.
A coleta manual deve ser feita periodicamente, até eliminar a infestação do local. Uma dica importante é não jogar sal grosso diretamente nos caramujos livres, pois além de contaminar o solo, as conchas sobrarão no ambiente e se encherão de água de chuva, favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.