Próximo encontro acontece no dia 11 de fevereiro
O Charitas recebeu na noite desta quinta-feira (31) conselheiros e sociedade civil organizada para a reunião extraordinária do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Cmupac). Estiveram presentes 36 pessoas, a reunião mais cheia desde que a nova gestão do Conselho foi formada. Na ocasião foram discutidos os argumentos sobre o tombamento e não tombamento do Galpão do Sal, localizado na Passagem, de frente para a Ilha do Japonês.
Secretaria de Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Organização dos Advogados do Brasil (OAB), Coordenadoria de Planejamento (Cogepla), Secretaria de Desenvolvimento da Cidade (Sedesc), representantes do Poder Legislativo e o proprietário do imóvel debateram no início da reunião sobre a importância do tombamento não apenas do Galpão do Sal, mas também da casa que existe ao lado do terreno.
Segundo Felipe Borel, representante do Iphan do município, é preciso saber avaliar o histórico do imóvel para que verificar a necessidade de tombamento. “A Defesa Civil condenou o local que está com risco de cair. O foco do Conselho agora é apenas esse: saber o real valor deste imóvel”, comentou ele.
Numa fala emocionada, a secretária de cultura, Meri Damaceno, que também é pesquisadora e memorialista, pediu para que o Conselho trabalhe com a verdade sobre o que acontecerá com o espaço. “Nós já perdemos coisas demais na nossa história cultural. Aquele local é historicamente importante para a cidade pois naquele entorno todo, que já se perdeu para empresas de pescado grande e casas, as cargas de sal e cal eram transportadas para as grandes embarcações”, argumentou Meri.
A reunião, que se estendeu por duas horas, será finalizada na próxima quinta-feira (7). No dia 11 de fevereiro, às 18h, no Charitas, será votado o tombamento ou não do imóvel. A reunião sempre é aberta ao público que queira acompanhar ou expressar suas opiniões ou dúvidas.