Petrobrás acionou Centro de Defesa Ambiental (CDA)
A Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Coordenadoria de Meio Ambiente, tranquilizou moradores, comerciantes e a comunidade ambiental da cidade, ao informar, na manhã deste sábado (6), que não foram encontradas mais “pelotas” de óleo na Praia do Peró, no trecho certificado pelo Programa Bandeira Azul. Após as limpezas realizadas durante todo o dia de ontem, a areia amanheceu livre de manchas. Mesmo assim, por precaução, foi decidido que a Bandeira Azul continuará arriada até que todo e qualquer risco seja eliminado. A situação nas praias da cidade está sendo monitorada.
A preocupação ambiental causada pelo aparecimento de manchas de óleo no mar do litoral de Cabo Frio causou um grande receio acerca da certificação do Comitê Internacional do Bandeira Azul do trecho de pouco mais de 500 metros da Praia do Peró. Desde as primeiras notícias, na ultima terça-feira (2), agentes da Guarda Marítima e Ambiental, Posturas, agentes da Comsercaf e até voluntários, vêm fazendo verdadeira varreduras pelas areias. Até um drone foi utilizado para fazer avaliações periódicas da situação.
Embora a mancha de óleo que está poluindo as praias da Região dos Lagos não tenha chegado ao trecho certificado da Praia do Peró, a Bandeira Azul foi arriada por medida preventiva. A decisão foi tomada pela coordenação local do projeto informado à Coordenação Nacional e ao Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA). A coordenação seguiu o protocolo internacional da Bandeira Azul. Segundo informação das autoridades, pequenas manchas de óleo chegaram à enseada da Praia das Conchas, na Costa do Peró, a quase um quilômetro da área certificada pela Bandeira Azul, mas equipes da Comsercaf realizaram a limpeza do local. Segundo Mario Flavio, a situação está sob controle.
A Bandeira Azul foi arriada na sexta-feira e só será hasteada novamente quando autoridades federais e do INEA garantirem que não há nenhum risco de os resíduos de óleo cheguem à área da Bandeira Azul. As equipes estão dando prioridade a Arraial do Cabo e Búzios, onde as conseqüências do acidente foram mais graves.
“Trata-se de uma medida de prevenção. Foram feitas vistorias e não foram detectadas manchas na Praia do Peró”, disse Paloma Arias, da coordenação do Bandeira Azul.
Após a Petrobras ter informado, no fim da tarde de ontem que o óleo é proveniente da Bacia de Campos, do campo Marlim Leste, a estatal assumiu, junto com o Ibama, os trabalhos de monitoramento e limpeza, sendo acionado o Centro de Defesa Ambiental da empresa, baseado no Rio de Janeiro, para coordenar os trabalhos.
Todos os CDAs estão equipados com barcos recolhedores, balsas, dispersantes químicos, agentes bioremediadores e até 20 mil metros lineares de barreiras de contenção e absorção de óleo, que podem rapidamente ser deslocados para combater emergências em qualquer parte do país. Em média, cada CDA é operado por 20 profissionais treinados e que, se necessário, podem comandar até 1.000 pessoas numa operação.
Além disso, através da análise de comportamento de marés, ventos, correntezas e da sensibilidade ambiental (mapas de sensibilidade) os CDAs estão em constante desenvolvimento, de modo a abreviar ao máximo o tempo de resposta e os impactos ambientais decorrentes de acidentes. Os CDAs realizarão, periodicamente, exercícios simulados de vazamento de óleo, visando aprimorar a integração de todos os envolvidos nos planos de contingência.
“Felizmente, na manhã de hoje, foram encontradas apenas poucas e pequenas “pelotas” entre o fim do trecho certificado e a Praia da Conchas. Mas que a população de Cabo Frio não se engane, pois estamos monitorando, efetivamente, todas as praias da cidade, com o mesmo cuidado. A certificação é importante, mas todas as nossas praias devem ser tratadas com o mesmo cuidado e atenção. O telefone do Centro de Defesa Ambiental da Petrobras é (21) 2677-2002 e qualquer avistamento, seja por pescadores, seja por banhistas, deve ser comunicado, informando com exatidão o local. O Meio Ambiente de Cabo Frio está alerta para que esse acidente ambiental não tome proporções que ninguém deseja”, afirmou o coordenador do Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento, Mario Flavio Moreira.
