A Secretaria de Turismo quer regulamentar os polos gastronômicos de Cabo Frio. A ideia surgiu durante uma visita do superintendente de Turismo Histórico e Social, Paulo Cotias, na semana passada, a representantes do Polo da Passagem para conhecer as demandas e dificuldades de um polo já existente, buscando alternativas que possam melhorar ainda mais não só este espaço, como facilitar a formatação dos demais. O objetivo é unificar as regras que qualifiquem áreas do município como polos de gastronomia, criando, entre outras coisas, identidades visuais uniformes que facilitem a divulgação tanto para moradores quanto para turistas, garantindo melhor ordenamento do espaço.
Além da Passagem, outros pontos de Cabo Frio estão se organizando para também se qualificar como Polo Gastronômico como Boulevard Canal, São Bento, Praia do Forte, Rua Porto Alegre (nas Palmeiras), Peró e Tamoios entre outros, fortalecendo a gastronomia como produto turístico. A mesma visita será agendada com representantes destes locais.
“A ideia de unificar a regulamentação de polos gastronômicos em Cabo Frio vai criar uma regra geral que deverá ser aplicada em todos os demais pontos da cidade que queiram ser reconhecidos como polos, trabalhando de forma isolada apenas certas especificidades de cada local. Por exemplo, na Passagem é preciso levar em conta que trata-se de um bairro histórico, onde certos cuidados devem ser adotados. Nos bairros residenciais existem outros tipos de cuidados que devem ser observados. Na Rua Porto Alegre é preciso um cuidado maior também pela questão do trânsito, que não pode ser prejudicado. Então, com uma lei geral resolveremos questões gerais que devem ser de comum acordo com todos os pontos, deixando em aberto somente as situações mais específicas de cada polo”, explicou Paulo Cotias.
A Passagem é um exemplo de como a gastronomia pode se tornar um atrativo de sucesso. A união dos empresários do bairro resultou na criação da Associação do Polo Gastronômico, Histórico e Cultural da Passagem, que transformou o local num espaço altamente atrativo para quem busca a boa gastronomia, e que produz, ainda, diversos eventos de qualidade como o projeto ‘Águas de Março’, o Festival do Jazz e tantos outros realizados ao longo do ano, todos frutos de uma parceria da iniciativa privada com o poder público. “E é essa ideia de gestão que queremos levar para outros pontos da cidade, de forma organizada, que seja bom para os turistas como um atrativo, para os empresários como forma de movimentação da economia e geração de emprego, mas principalmente, para os moradores do entorno dessas áreas”, explicou o secretário de Turismo de Cabo Frio, Radamés Muniz.
Outro ponto que também deve ser abordado é a atividade exercida pelos estabelecimentos comerciais. “Não basta ser uma rua cheia de lanchonetes ou restaurantes para querer o reconhecimento de polo de gastronomia. É preciso ter diferenciais específicos, já que a ideia é trabalharmos isso de forma turística, como cuidado especial na preparação dos alimentos, no manuseio, no acondicionamento, no atendimento ao cliente. Por enquanto é apenas um projeto, uma ideia que será melhor trabalhada junto aos empresários e levada para o prefeito”, explicou o secretário Radamés Muniz.