Por conta da pandemia, monitoramento esteve suspenso por dois anos e foi retomado em outubro
O último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado em Cabo Frio, identificou baixo risco de infestação do mosquito responsável por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Depois de dois anos suspenso por conta da pandemia da covid-19, o monitoramento voltou a ser realizado em outubro e o resultado foi divulgado esta semana.
A medição do LIRAa identifica, por meio de estudos estatísticos e probabilidade, a possibilidade de proliferação do mosquito e, consequentemente, de uma epidemia. Ele também orienta sobre medidas de prevenção e combate ao vetor.
A equipe de Vigilância em Saúde Ambiental de Cabo Frio percorreu 7.033 imóveis da cidade entre os dias 17 e 23 de outubro. Os dados apontaram focos do mosquito em 63 imóveis visitados, o que totaliza 0,9% do índice de infestação, valor considerado de baixo risco de acordo com as diretrizes adotadas pelo Ministério da Saúde.
Segundo o levantamento, os índices de infestação predial inferiores a 1% estão em condições satisfatórias. Entre 1 a 3,9%, estão em situação de alerta. Se o índice de infestação estiver acima de 4%, há risco de surto de dengue. O objetivo do estudo é para direcionar as ações de controle do mosquito para as áreas mais críticas.
O calendário de medição do LIRAa é definido pelo Governo do Estado e prevê quatro ciclos, com intervalos regulares, mas que podem ser modificados em caso de necessidade da Secretaria Estadual de Saúde. Com o retorno das ações, a Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio aguarda a liberação do calendário até o fim do ano.
Mesmo com o LIRAa suspenso, durante o período pandêmico os agentes de endemias do município continuaram realizando a aplicação de larvicidas na cidade. A sequência dos trabalhos garantiu o resultado positivo do índice em 2021. Apesar do baixo risco, toda a população deve ficar atenta e realizar as ações de prevenção para coibir a proliferação do mosquito.
“A continuidade dos trabalhos, mesmo no período pandêmico, permitiu o controle do mosquito da dengue. Agora, estamos no período de chuvas constantes e grande parte dos criadouros continua dentro das casas, como vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros. A população tem que ter consciência dos riscos das doenças causadas pelo mosquito, e sempre olhar os possíveis focos que possam ter acúmulo de água”, disse a coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, Andreia Nogueira.
Além desse levantamento, a Vigilância em Saúde Ambiental de Cabo Frio possui ações permanentes durante todo o ano. Os agentes do setor percorrem constantemente os bairros da cidade atuando no controle e focos do mosquito e os criadouros predominantes. Na ação, são utilizados carros e motofogs que pulverizam repelente natural de citronela, uma planta que possui propriedades insetífugas, mantendo todos os tipos de mosquitos afastados.