A carcaça de um filhote de uma baleia jubarte foi encontrada no fim da tarde deste sábado (8), na Praia de Tamoios, próximo à foz do Rio Una, em uma área de reserva da Marinha, no Segundo Distrito de Cabo Frio. Logo após o avistamento, os órgãos ambientais foram acionados e a coordenadoria de Meio Ambiente da secretaria de Desenvolvimento enviou uma equipe ao local para avaliar a situação.
Como a carcaça estava em adiantado estado de decomposição, foi decidido que ela seria enterrada em uma área próxima, não divulgada, para que haja a preservação da ossada. A decisão foi tomada em conjunto entre os agentes da coordenadoria do Meio Ambiente e da CTA, empresa contratada pela Petrobrás para cuidar da fauna marinha nas áreas abrangidas pela Bacia de Santos, da qual Cabo Frio faz parte.
Segundo o coordenador de Meio Ambiente, Mario Flavio, pelo tamanho, trata-se de um filhote recém nascido.
“Os filhotes de jubarte nascem após 11 ou 12 meses de gestação, já com tamanho entre quatro e cinco metros, pesando de 800 quilos a uma tonelada. Por esses parâmetros, podemos afirmar que é um filhote nascido há pouco tempo. Infelizmente, houve algum intercurso entre o seu nascimento e o início da amamentação, que causou sua morte”, explicou.
A jubarte é uma espécie cosmopolita, habita todos os oceanos. Assim como algumas outras espécies de baleias, a jubarte realiza uma migração anual. Durante o verão ela se dirige às águas polares para se alimentar e, durante o inverno, migra para águas tropicais e subtropicais para acasalar e dar à luz. Assim, no hemisfério sul as jubartes chegam por volta de junho/julho e permanecem até novembro/dezembro, quando retornam para as áreas de alimentação.
Desde o final de maio e início de junho começaram os relatos das aparições das primeiras baleias, desde a Bahia até o Rio de Janeiro, além do Espírito Santo. O berçário principal em Abrolhos está cheio de mamães com filhotes, e, segundo o Instituto Jubarte, da Petrobras, são diários os relatos de observação.
A última estimativa populacional das jubartes brasileiras apontou para a existência de cerca de 17.000 animais.