Na noite desta quarta-feira (22), 110 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da E.M. Prof. Edilson Duarte celebraram a conclusão dos estudos na cerimônia de formatura realizada no auditório da escola. Dentre os formandos, 39 são da Fase III do Ensino Médio e 71 da Fase IX do Ensino Fundamental.
Para a diretora da unidade escolar, Palmira Domingues, a formatura de cada aluno é uma importante conquista: “Foi por esses formandos, que trabalham o dia todo e se dedicaram com todas as suas forças no período noturno para concluírem seus estudos, que as luzes do auditório foram acesas. É uma celebração por merecimento. E para todos os profissionais envolvidos no processo, é a certeza de que investir e lutar pela Educação sempre vale à pena!”.
Além da alegria da formatura, o momento teve um destaque. Aliás, quatro. Pela primeira vez na história da escola, quatro formandas da III Fase do Ensino Médio foram classificadas para a segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Uma dessas alunas é Gabriela Martins, de 46 anos, que estava afastada das salas de aula há quase três décadas. A formanda do Ensino Médio revela que recebeu com surpresa a notícia da classificação para a próxima fase da OBMEP e que encontrou inúmeros obstáculos durante a caminhada até a conquista do diploma:
“Estou feliz demais e, principalmente, muito honrada com a minha conquista! Foram duas grandes vitórias em uma semana. Enfrentei grandes desafios para me formar e incontáveis vezes cheguei a acreditar que não seria mais possível realizar este sonho”.
O responsável pela Gerência de Ensino Médio e EJA da Secretaria Municipal de Educação (Seme), Breno de Souza, ressalta que o objetivo da Educação de Jovens e Adultos é contribuir com a construção de cidadãos críticos por meio da educação.
“A missão do EJA é conseguir inserir de volta aqueles que foram afastados ou excluídos do processo educacional. É possibilitar e criar oportunidades reais, através de saberes condizentes à realidade de cada um, para que essas pessoas de fato se tornem cidadãos críticos. Como diria Paulo Freire, ‘não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes’”, finalizou.