Neste mês de maio, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realiza uma série de ações para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta sexta-feira (dia 18). As atividades serão realizadas pelas equipes técnicas do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), da Coordenadoria-Geral da Criança e do Adolescente (Cogecria), dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA).
“O dia 18 de maio é, sem dúvida, bem mais que uma data memorável, trata-se de um verdadeiro engajamento social na luta contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes. Apenas em 2015 e 2016, o Disque 100 recebeu 37 mil casos deste tipo de denúncia sexual na faixa etária de 0 a 18 anos. Sabemos, contudo, que a melhor forma de combate contra este crime é a prevenção. Essa é a proposta da Assistência Social: mobilizar a população em relação a urgência da temática e conscientizá-los a respeito dos meios legais para denúncia”, afirmou Nathalia Kury, diretora do Departamento de Proteção Social Especial (Depse) da Semas.
No dia 30 de maio a equipe de profissionais do Creas comporá uma mesa de debate com os demais profissionais da rede municipal para tratar de aspectos históricos, jurídicos e técnicos acerca deste crime, além de apresentar os dados existentes em Cabo Frio. O local e a data do evento ainda serão definidos.
Nesta quarta (dia 16) os Cras de Tamoios e do Jardim Esperança promoveram uma roda de conversa com apresentação de vídeo. A iniciativa contou com a participação de assistente social, além de psicóloga e orientador social que abordaram o tema de forma lúdica para as crianças. Já a Cogecria realizará em conjunto com o CMDCA diversas atividades na Praça Porto Rocha, na sexta-feira dia 18, com ações e horários ainda a serem definidos.
O dia 18 de maio é um marco no calendário nacional por mobilizar ações de enfrentamento à exploração e ao abuso sexual infantil devido à morte de Araceli Cabrera Sanchez Crespo, de 8 anos. A menina foi raptada, estuprada e morta, entre os dias 18 e 24 de maio de 1973, por três jovens de classe média alta de Vitória, no Espírito Santo.
Até hoje o crime não teve um desfecho, já que após a condenação, a família dos acusados recorreu imediatamente da decisão para impedir a prisão. Depois de cinco anos, a decisão anterior foi anulada sem que nenhum dos três suspeitos cumprisse um dia de pena.