O município de Cabo Frio participa a partir desta terça-feira (27) da campanha mundial “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. A abertura acontece às 8h30h na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), no Braga, com apresentações de teatro, coral de mulheres e palestras sobre defesa de direitos e pelo fim da violência contra as mulheres.
A campanha é realizada simultaneamente por diversos setores da sociedade civil e do poder público, engajados nesse enfrentamento. Várias atividades serão promovidas na sede do município e no distrito de Tamoios, pela Coordenadoria Geral dos Direitos da Mulher (Cogedim), vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social. Cerca de 160 países já aderiram à campanha, que envolve outras mobilizações voltadas para o fim da violência de gênero, como explica a coordenadora geral da Cogedim, Nilma Carneiro.
“Esta é uma mobilização anual que busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres de todo mundo. Mundialmente, ela começa em 25 de novembro, no Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Em 6 de dezembro, tem o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres com a campanha do laço branco. Todas as ações têm o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade”, relata a coordenadora.
Origem da campanha
Os 16 dias de ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo, segundo a ONU Mulheres Brasil.No Brasil, a campanha ocorre desde 2003 e é chamada 16+5 Dias de Ativismo, pois incorporou o Dia da Consciência Negra.
Programação:
Dia 27/11/2018 – das 8h30h às 12h
Local: sala de reuniões da Semas. Rua Florisbela Rosa, s/n, Braga
Apresentações: coral de mulheres e teatro
Palestras:
“Acolhimento a pessoas trans na rede” – Palestrante: Tatiana Crispim, primeira advogada trans da Região dos Lagos, pós-graduanda em Direito Militar pela UCAM (Universidade Cândido Mendes).
“Na luta contra a violência da mulher rural ” – Palestrante: Rejane Maria de Oliveira, presidente da Associação do Quilombo de Maria Joaquina.
“Violência doméstica: Enfrentamento à Transformação e a Estagnação” – Palestrante: Ana Paula S. dos Santos Silva, psicóloga, pós-graduanda em gestão, terapia e técnica do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam).
Dia 28/11/2018, das 9h às 12h
Local: sala de reuniões da Semas. Rua Florisbela Rosa, s/n, Braga
“Violência interpessoais e autoprovocadas. Abordagem e instrumentalidade” – Palestrante: Mariléia Bezerra, mestre em política social pela Universidade Federal Fluminense (UFF Niterói –RJ)
Dia 06/12/2018, às 14h
Local: CEDIM – RJ
Recebimento do Selo de Certificação “Selo Mais Mulher”. Homenagem da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SSPM) por Cabo Frio ser um dos municípios do Estado do Rio de Janeiro que apresentaram ações de prevenção e enfrentamento à violência as Mulheres. Cerimônia de entrega será na sede do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDIM/RJ – Rua Camerino, nº 51 – Centro – Rio de Janeiro.
Dia 07/12/2018, das 9h30 às 13h
Local: sala de reuniões da Semas. Rua Florisbela Rosa, s/n, Braga
Palestra com Lianzi dos Santos Silva – assistente social e mestre em políticas sociais, secretária executiva do Conselho Municipal do Idoso-RJ, conselheira suplente do Conselho Municipal de Transporte e ex conselheira do Conselho Municipal de Assistência Social CMAS-RJ – Tema: A importância dos Conselhos de Políticas Públicas para o cumprimento e efetivação dos direitos fundamentais.
Dia 10/12/2018, das 8h às 15h
Local: Praça de Tamoios
Encerramento dos 16 Dias de Ativismo com participações da Unidade Móvel de Enfrentamento a Violência à Mulher do Estado do Rio de Janeiro, do Cras de Tamoios com dança de salão, coral e artesanato em fibras naturais, rodas de conversas sobre violência de gênero.