A Casa de Cultura José de Dome, Charitas, vai inaugurar uma escultura do poeta Antenor Cardoso da Fonseca. Ele que é um dos principais nomes da literatura e da poesia na cidade, será homenageado neste sábado, dia 9, com a inauguração da estátua, a partir das 19h. A cerimônia vai contar com recital de poesia e apresentação musical do Grupo Amadeus. O monumento ficará em exposição no jardim do Charitas, todos os dias, e a entrada é franca.
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“A Escultura do Poeta Cardoso da Fonseca chega a Casa de Cultura para enriquecer ainda mais a história deste espaço cultural. Fomos agraciados pela família do escritor com esta importante obra. Neste momento, eternizamos a memória do poeta que deixou um legado para nossa literatura e uma valorosa contribuição para cultura cabo-friense. Um verdadeiro presente para a cultura, estudantes, visitantes e para todos que tiveram o privilégio de conhecer o poeta Antenor Cardoso da Fonseca”, afirmou a diretora do Charitas, Helena Guimarães.
A estátua foi colocada originalmente no Dormitório das Garças, no Porto do Carro, bairro que em que Antenor e sua família viviam. A ideia era fazer com que a imagem bondosa e carismática do poeta fosse para sempre lembrada. Mas visando dar maior segurança e visibilidade, a estátua foi transferida para o Charitas. Um dos motivos da escolha do local é que Antenor era figura constante nos arredores do Charitas, sempre prestigiando os eventos. E sendo ele um amante da literatura, não poderia ser diferente, já que passava horas na Casa de Cultura, sempre junto a jovens escritores e poetas. Fazia do Charitas uma extensão da sua casa. Por toda essa identificação, a família Cardoso da Fonseca doou a estátua para que ficasse exposta no local. O monumento consiste em uma escultura em tamanho natural, esculpida pela artista Cristina Ventura.
História
Antenor Cardoso da Fonseca nasceu no antigo bairro Fonseca, atual Porto do Carro, em 20 de maio de 1919. Filho de Rosalina Cardoso da Fonseca e Antônio Luis da Fonseca, empresário, fundador do bairro que recebeu esse nome em sua homenagem. Antenor foi poeta e publicou seu primeiro livro de poesia aos 20 anos, chamado “Cantando na Mocidade”. Advogado formado pela Universidade Federal Fluminense em 1951, ficou conhecido em toda a região por defender os fracos e oprimidos.
Antenor foi um grande incentivador da cultura em Cabo Frio. Apoiava inúmeros poetas e escritores revisando suas obras e os incentivando a publicá-las. Por sua notoriedade no meio da poesia, foi membro fundador da Academia Cabo-friense de Letras. Antenor também já foi vencedor do Prêmio Teixeira e Sousa de Literatura em 2003. Neste mesmo ano, publicou o livro “Estrofes”.
O poeta morreu em 2007, mas em todos os seus anos de vida cantou em poesia as belezas da cidade e o quanto amava Cabo Frio. Sua última obra publicada foi “Canto azul de amor, de Mar e de Sol à Cultura, ao Turismo e à Ecologia da Região dos Lagos e Litoral do Norte Fluminense, em Noite de Luar”, em 2009.