Exatamente 1.856 pessoas passaram, neste domingo (30), pelo Horto Municipal Antonio Angelo trindade Marques, no Portinho, para conferir a segunda edição da Feira Verde Disseminar.
Com a proposta de atrair, principalmente, o público vegano, o evento caiu nas graças de todas as vertentes nutricionais, sejam alternativas, sejam tradicionais, e agradou em cheio ao público presente.
Com palestras sobre cultivo de hortas orgânicas e a necessidade da preservação e cuidados com a água, a Feira Verde foi atração para os ambientalistas. Com propostas de troca de objetos e roupas usadas, mudas e sementes, ela também virou ponto de encontro de agricultores urbanos. E com a participação do Grupo ReCriativos, a Feira foi a válvula de escape para famílias inteiras que buscavam um lugar para se confraternizar e deixar as crianças de pé no chão e mão no barro.
Para a organizadora da atividade, Cíntia Braga, o Horto Municipal era o ingrediente (vegano) que faltava para reunir uma parte da sociedade que quase não é notada no dia a dia. “Fazíamos um almoço, em casa, com pratos veganos e trocávamos receitas e experiências, e assim surgiu a ideia da Feira Verde. Aqui, cada um desses participantes expõe sua arte, seus conhecimentos, trocam experiências e descobrem que nosso universo não é paralelo, que estamos, de fato, inseridos na sociedade”, comemorou.
De artesão com quase um século de vida à culinária vegana, passando por produtores de mudas frutíferas, colecionadores e fabricantes e instrumentos musicais alternativo, até uma fabricante de pães caseiros com ingredientes tão naturais quanto improváveis, como a pimenta rosa e o Guriri (um coquinho da restinga que dá nome a um bairro de Cabo Frio), todos, sem exceção, garantiram presença na próxima edição.
“Na primeira Feira, vi toda a repercussão sobre o sucesso do evento. Então, não tive dúvidas em trazer meus pães e meu projeto de resgate da vegetação da restinga”, afirmou Juliana Monteiro, paulistana radicada em Cabo Frio, que faz pães de Guriri, pimenta rosa, cerveja preta e cebola roxa, entre outros, com o detalhe de que aproveita a polpa do Guriri para os pães e replanta todas as sementes depois.
Para o coordenador de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira, as feiras temáticas vieram para ficar. “Essa será a grande função do Horto Municipal Antonio Angelo Trindade: o convívio social em um espaço bucólico e agradável. A partir de agora, vamos partir para uma estruturação física maior e melhor, transferindo a função de berçário de mudas para o nosso outro horto, nas proximidades do Aeroporto Internacional de Cabo Frio. Vamos tornar este espaço cada vez mais aconchegante, acessível e atraente, para todos os públicos”, garantiu.
A direção do Horto Municipal está finalizando o calendário de feiras para o mês de outubro, mas, desde já, o último domingo de cada mês fica reservado à Feira Verde Disseminar.