Mostra teve como objetivo de promover o encontro de gerações
Dois idosos institucionalizados no Lar da Cidinha, em Cabo Frio, participaram de uma mostra cultural no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Jardim Esperança. A exposição aconteceu nesta quinta-feira (23). Um dos artistas é Ricardo Steffens. Ele tem 80 anos, e é institucionalizado desde 13 de maio de 2021.
“A arte transforma vidas, e aqui no Lar da Cidinha eu me descobri, e tudo aqui me fez ser o artista que sou hoje”, comentou Ricardo.
O outro idoso institucionalizado que participou da mostra é Elísio Guilherme da Costa Martins, que tem 67 anos e está no Lar da Cidinha desde 15 de março de 2022.”
Aqui pude fazer o que mais amo na vida, pintar”, contou.
A exposição foi organizada pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS do Jardim Esperança em parceria com o Lar das Cidinha. O objetivo foi promover o encontro de gerações, fortalecendo laços e proporcionando experiências enriquecedoras.
O Lar da Cidinha fica no Jardim Esperança, e atualmente é a única instituição pública (municipal) de longa permanência na cidade. É voltada para o abrigamento de pessoas idosas que não tenham parentes e estejam em situação de vulnerabilidade social. O espaço é administrado pela Secretaria Municipal da Melhor Idade, e desde julho deste ano vem passando por reformulações administrativas de forma a oferecer mais conforto e dignidade a todos os 37 assistidos.
“Neste primeiro momento estamos fazendo uma espécie de choque de gestão no que tange aos serviços prestados aos idosos institucionalizados e protocolos de alimentação. Por exemplo: contratamos um nutricionista que hoje faz o cardápio para os idosos, com isso melhoramos as condições dos alimentos. Também passamos a ter mais articulação com outras secretarias, o que nos permitiu, por exemplo, salvar a vida de uma institucionalizada que teve um AVC hemorrágico, e está viva, hoje, graças ao trabalho dos nossos funcionários mas, principalmente, a uma parceria com a Secretaria de Saúde, onde conseguimos encaminhar a idosa para o Instituto do Cérebro. Também criamos um setor de transparência para que todos os assistidos saibam o que está acontecendo ali dentro. E em breve passaremos por uma revitalização de todo o espaço. O processo para isso já está em andamento”, explicou a secretária Cristiane Fernandes.