Segundo encontro entre produtores rurais e membros do governo municipal ocorreu na Secretaria de Educação
Agricultores da Associação de Pequenos Produtores Rurais do Projeto de Assentamento e Economia Solidária Campos Novos, em Cabo Frio, receberam novas orientações sobre os procedimentos necessários para que possam participar da chamada pública para aquisição de produtos da merenda escolar. Eles estiveram nesta terça-feira (17) na sede da Secretaria Municipal de Educação. Foi o segundo encontro entre as partes para tratar do tema, após a reunião inicial realizada no dia 9.
A conversa dos produtores rurais foi com membros da Comissão Especial de Agricultura Familiar, representantes da Secretaria de Agricultura e Pesca de Cabo Frio e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater – RJ).
Desta vez foram discutidas etapas específicas para o manuseio de alimentos que são cultivados, respeitando a sazonalidade em relação aos itens previstos no edital. Também foram abordadas questões sobre as maneiras que esses agricultores podem se organizar para atender à chamada, que ocorre no próximo dia 25 de agosto.
Nesta segunda reunião, também foi iniciado o mapeamento para planejamento das futuras chamadas que acontecerão com o objetivo de atender o ano letivo de 2022, visando enriquecer os tipos de gêneros. Além disso, também foram tratadas ações para fortalecer o associativismo para aquisição de incentivos e maquinário para o aumento da produção.
Os técnicos presentes ao encontro se colocaram à disposição para auxiliar os agricultores rurais de Cabo Frio no processo. O objetivo é que esses produtores se tornem a principal fonte de aquisição de gêneros alimentícios que compõem a dieta dos alunos da rede, elaborada pela equipe de nutrição da Secretaria de Educação. E com isso, fortalecer a economia local, priorizando os fornecedores das áreas rurais de Cabo Frio.
Segundo a secretária de Educação, Elicéa da Silveira, a equipe está empenhada para que Cabo Frio seja referência para os municípios da região na utilização de recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A presidente da Comissão Especial de Agricultura Familiar, Bianca Moreira, explicou que plantio e colheita demandam tempo e planejamento, e informou que é nisso que a comissão está trabalhando em conjunto com os personagens articuladores do processo.
“A composição da merenda escolar, segundo a Lei 11.947/2009 e a Resolução FNDE 06 de 08/05/2020, precisa ser composta por pelo menos 30% por itens provenientes da agricultura familiar. Esse é o percentual mínimo, podemos chegar até 100% se tivermos uma produção constante e organizada. O nosso papel é fortalecer a agricultura familiar, com o objetivo de oferecer alimentos cultivados em nosso próprio solo, livre de agentes químicos e fortalecendo a economia local”, enfatizou.
