O dia 18 de maio é marcado como como o “Dia Nacional de Luta Antimanicomial”. Para celebrar a data, a coordenação do Programa de Saúde Mental, ligada à Secretaria de Saúde, está marcando uma série de ações durante o mês de maio. A primeira delas foi uma participação, com uma roda de conversa, nesta sexta-feira (11), no encerramento da Semana de Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida (UVA). O evento reuniu as equipes técnicas dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II, CAPS-ad e CAPS-i), às 10h30, no auditório da Universidade, que fica na Estrada de Perynas.
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Outras ações estão programadas para o restante do mês. Nos dias 21 e 22, o Programa de Saúde Mental promove um novo evento específico na UVA para a discussão sobre a Saúde Mental, com a participação de integrantes das equipes e pacientes. O objetivo é explicar para as pessoas que o transtorno mental é uma doença como outra qualquer, e que é necessário buscar tratamento para que os sintomas sejam controlados e, assim, a pessoa possa levar uma vida normal. A psicóloga Sandra Aquino, coordenadora do programa, encerra a programação com uma palestra no dia 22 (terça-feira).
Em Cabo Frio as unidades do Caps são divididas em: Caps II, voltado para pacientes da psiquiatria grave; CapsAD (álcool e drogas) e CapsI (da infância e adolescência). Elas contam com psicólogos, técnicos de enfermagem, enfermeiros, agentes administrativos e médicos psiquiátricos que auxiliam no cuidado e tratamento de pessoas com transtornos e dependentes.
O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
O Dia Nacional de Luta Antimanicomial foi criado em 1987, quando dois eventos marcaram este processo: o Encontro dos trabalhadores da saúde mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.
Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionaram o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciaram as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propuseram a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.