Foram incineradas, na manhã desta terça-feira (20), seis redes de arrastão e mais de três quilômetros e meio de redes apreendidas pela Guarda Marítima e Ambiental de Cabo Frio durante o último defeso da Lagoa de Araruama, que ocorreu entre os dias 1° de agosto e 1° de novembro do ano passado. O material ficou nos depósitos da Prefeitura aguardando autorização judicial para que fosse incinerado, o que ocorreu no início desta semana.
SAIBA MAIS:
O defeso tem o objetivo de preservar as espécies, combatendo a pesca predatória e aumentando os estoques pesqueiros. Segundo a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro, o defeso é uma paralisação temporária da pesca para a preservação das espécies. Esse período pode ser definido de acordo com a necessidade de proteção de uma determinada espécie ou de todo um ambiente, como é o caso da Lagoa de Araruama.
Durante o período de paralisação, os pescadores cadastrados no Ministério da Pesca e Agricultura tiveram direito ao seguro-defeso, no valor de um salário mínimo por mês, liberado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Para o coordenador do Meio Ambiente da Secretaria do Desenvolvimento da Cidade, Eduardo Pimenta, o saldo do defeso foi positivo. “Por mais que as apreensões mostrem que ainda há pessoas mal intencionadas, que ignoram o defeso, elas ocorreram em um número menor que nos anos anteriores, e as espécies conseguiram o tempo necessário para a reprodução”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento da Cidade, Cláudio Bastos, enfatizou que a fiscalização estará cada vez mais intensa e com mais equipamentos nos próximos defesos. “Estaremos capacitando nosso pessoal e adquirindo mais equipamentos, dando mais ênfase à fiscalização, para que cada vez menos pessoas tentem burlar as regras do defeso em Cabo Frio”, concluiu.