Fomento aos editais culturais, incentivo às feiras de artesanato e projetos de restauração fazem parte das novas diretrizes para o setor
O setor cultural em Cabo Frio vem passando por um intenso resgate da classe artística e da história do município. O fomento à mão de obra local e novos projetos de restauro dos principais patrimônios históricos da cidade são algumas das principais ações culturais da Prefeitura de Cabo Frio.
“A grande prioridade no primeiro ano de gestão foi a valorização dos artistas cabo-frienses. Demos o palco aos artistas que foram aprovados na Lei Aldir Blanc, abrindo espaço para que eles realizassem as contrapartidas dentro dos eventos organizados pela Secretaria de Cultura. Vamos partir agora para 2022 dando ainda mais valor aos artistas da nossa terra”, afirma Clarêncio.
Ainda nos moldes da Lei Aldir Blanc, em novembro a Prefeitura divulgou o resultado final do Prêmio “Evandro Terra”. Ao todo, 96 trabalhos foram aprovados para apresentações no município. O valor global do edital foi de R$ 272.380,00 para os mais variados segmentos artísticos.
FEIRAS DE ARTESANATO
Uma das novidades na programação cultural é o Festival Cultura Viva, que realiza intervenções em praças públicas, escolas da rede municipal de ensino e espaços culturais da cidade.
A Secretaria de Cultura também criou a Mostra Multicultural de Cabo Frio (Momu), que acontece todos os meses e reúne artesanato, artes plásticas, música, dança, literatura, entre outras expressões culturais. O apoio à Folia de Reis é outro destaque no resgate da cultura local.
Outra grande ação foi a 30ª Semana Teixeira e Sousa. Já a terceira edição da Semana Sebastião Lan também fez sucesso, movimentando a área rural e relembrando a figura histórica do ruralista, precursor dos direitos do trabalhador rural em Cabo Frio. Parte da programação foi virtual, e outra parte presencial.
Desde setembro, buscando valorizar essencialmente o artista da cidade, foi realizado, em todo primeiro domingo do mês, no Parque Municipal Fonte do Itajuru, o projeto “Música na Fonte”, evento com apresentações musicais também a partir de contrapartida da Lei Aldir Blanc.
Outra ação importante foi a retomada do diálogo com os segmentos culturais, e das atividades do Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Patrimônio Cultural.
REABERTURA DE ESPAÇOS
O Forte de São Mateus, considerado um dos principais pontos turísticos e históricos de Cabo Frio, foi reaberto para visitação. O local ficou fechado por um ano e seis meses em função da pandemia. Neste período, o local passou por intervenções como a poda de árvores e da vegetação no entorno. As correntes da ponte de acesso foram recolocadas e o prédio passou por descupinização.
O Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb reabriu parcialmente, após mais de três anos fechado. O espaço voltou a funcionar para a realização de ensaios, reuniões e oficinas.
A Casa de Cultura José de Dome (Charitas) passou a ficar recheada de atividades, como exposições fotográficas, lançamento de livros, artesanato, gastronomia, aulas e outras atividades. A série “Jovens Pianistas” também voltou a ser realizada presencialmente. O local também passou pelo processo de descupinização.
RESTAURAÇÃO DE PATRIMÔNIOS
Uma grande novidade anunciada pelo prefeito José Bonifácio foi a restauração completa da Fazenda Campos Novos, em Tamoios. A reforma será realizada com recursos do Fundo Especial da Alerj. A liberação da verba foi possível após a realização de um convênio entre a Prefeitura de Cabo Frio e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), que passará a oferecer cursos e administrar um museu de ciências no local.
O Palácio das Águias, na Rua Érico Coelho, a partir deste mês de janeiro começou a ser restaurado, com coordenação do Instituto Municipal do Patrimônio Cultural (Imupac). A reparação está sendo financiada pelo Banco Itaú, que é proprietário do imóvel e vai transferir o prédio para a Prefeitura após o término da obra. No local será implementado um centro cultural.
O prefeito José Bonifácio também assinou, em conjunto com a Sociedade Artística Brasileira (Sabra), um termo de cooperação cultural, técnica e científica para a restauração dos patrimônios históricos tombados de Cabo Frio, com captação de recursos em editais. Entre os locais de maior prioridade de conservação e restauro estão a Igreja de São Benedito, Charitas e a Fonte do Itajuru.