O evento é gratuito e será realizado nesta quinta-feira (8), a partir das 17h
A Casa de Cultura José de Dome (Charitas) recebe, nesta quinta-feira (8), a partir das 17h, uma palestra e roda de conversa com Bruno Pinheiro, historiador e doutorando na Unicamp em José de Dome. A atividade vai falar das transformações do pintor em seus 40 anos de carreira como artista plástico.
Na oportunidade, o palestrante e participantes irão conversar sobre a circulação das obras de José de Dome no contexto do Modernismo brasileiro, os impactos de suas experiências pessoais na produção artística e a presença de suas obras em seus acervos públicos.
O evento é gratuito e conta com apoio da Prefeitura Municipal de Cabo Frio, por meio da Secretaria de Cultura. O Charitas fica na Avenida Teixeira e Souza, 855, Centro.
JOSÉ DE DOME
Em razão de sua mãe se chamar Dometila, ficou conhecido como José de Dome. Trabalhou em 1935 na mesma fábrica onde sua mãe e sua avó Dona Maria Pastora trabalhavam como tecelãs. Ele se mudou cinco anos mais tarde para a Cidade Baixa (Massaranduba), em Salvador, onde conheceu Mario Cravo, Mirabeau e Carybé, que o incentivaram a desenvolver seu talento artístico. Durante essa época foi servente de pedreiro, vigilante noturno, ajudante de serraria, entre outros.
Em 1943 viu despertar a sua sensibilidade para a pintura. Ganhou um livro sobre técnica de pintura e, impressionado com o que viu no livro, neste mesmo ano, de modo autodidata, ele pinta sua primeira tela que chamou “Igrejinha de Massaranduba”. Sua primeira exposição, realizada em 1955, ocorreu no Belvedere da Sé, em Salvador, onde voltou a expor em 1956 e 1958. Já estabelecido como pintor, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1962, integrando-se aos meios artísticos cariocas.
Tornou-se conhecido após uma exposição realizada na Galeria Goeldi, em 1964. Pintou a paisagem urbana de Salvador, crianças, prostitutas, peixes e corujas, flores, paisagens naturais e marinhas. Ao longo dos seus 40 anos ininterruptos de trabalho, realizou mais de cem mostras (individuais e coletivas) não só na Bahia, mas também em São Paulo, Sergipe, Brasília, Paraná, Pernambuco e outras cidades brasileiras, como também no exterior, na Espanha, Peru, Portugal, Inglaterra, EUA, México, França e Nigéria.