Esta é a segunda etapa do curso que tem como objetivo orientar sobre identificação de novos casos da doença
A Prefeitura de Cabo Frio realizou, nesta quarta-feira (8), a segunda etapa do curso de capacitação para Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O evento, que aconteceu no auditório da primeira Igreja Batista de Unamar, em Tamoios, foi ministrado para 68 agentes. A primeira etapa aconteceu em novembro e capacitou 146 ACS. Realizado pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), o curso abordou sobre a identificação e diagnósticos da doença.
De acordo com a Secretaria de Saúde, somente em julho deste ano foram identificados sete novos casos de hanseníase na cidade. Atualmente, 12 pessoas estão num tratamento com duração de 12 meses, mas que pode chegar a 18 meses. Outras 23 fazem tratamento contínuo.
“O treinamento já foi realizado para 146 agentes no mês de novembro. Agora, esta é a segunda etapa da capacitação de mais 68 agentes que sairão aptos para detectar casos de hanseníase, nas visitas domiciliares que realizam periodicamente na área de abrangência das unidades em que trabalham. Ao detectar novos casos, os agentes vão encaminhar o paciente para avaliação clínica com a profissional de enfermagem e ao médico da respectiva Unidade de Saúde”, explicou a enfermeira Christiane Távora dos Santos, coordenadora do Programa de Combate à Hanseníase e Tuberculose em Cabo Frio.
A iniciativa segue a diretriz do governo municipal para ampliar e reforçar o atendimento da Atenção Básica na saúde do município.
“A melhoria da saúde da cidade começa com um bom atendimento, de fácil acesso, na Atenção Básica. É o que buscamos para a população. Entendemos ainda a importância do papel do Agente Comunitário nessa construção. São profissionais valiosos que nos têm ajudado muito a localizar pacientes com sinais e sintomas de diversas doenças que merecem atenção e cuidado da Saúde Pública”, disse Felipe Fernandes, secretário de Saúde.
A hanseníase pode se apresentar com manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. Há alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração. Quando o nervo de uma área é afetado, há dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Nas fases agudas, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés. Quem está com suspeita da doença, pode procurar o Posto de Atendimento Médico (PAM), localizado no bairro São Cristóvão, às segundas e quartas-feiras, a partir das 14h.