Secretaria de Saúde iniciou o processo de descentralização na realização de testes rápidos, com capacitação das equipes formadas por médicos, enfermeiros e técnicos da Rede de Atenção Básica
Em um esforço para combater a hanseníase e identificar precocemente os casos da doença, os médicos, enfermeiros e técnicos da Rede de Atenção Básica estão sendo treinados e capacitados para diagnóstico e identificação de possíveis casos.
Essa iniciativa busca descentralizar esse serviço, atualmente centralizado no Posto de Atendimento Médico (PAM), em São Cristóvão, aumentando a acessibilidade aos exames e acelerando a identificação de casos de hanseníase em estágio inicial, para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A primeira unidade a receber a capacitação foi a UBS Jardim Esperança nesta segunda-feira (28). Na ocasião, foi destacada a importância da observação clínica de sintomas e lesões na pele, e a solicitação de exames laboratoriais.
Com a capacitação dos profissionais de saúde, a identificação clínica ganha destaque, permitindo que os enfermeiros e técnicos possam realizar avaliações preliminares e encaminhar os casos suspeitos para exames mais detalhados, além de realizar testes rápidos nos contatos de pacientes em tratamento.
O treinamento passará por todas as unidades de saúde. A proposta é tornar ainda a equipe apta para orientar a população, disseminando o conhecimento sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce para toda a rede municipal.
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão ocorre principalmente por via aérea e por contato prolongado com indivíduos infectados. Embora apenas cerca de 10% das pessoas que entram em contato com a bactéria desenvolvam a doença, é crucial identificar esses casos para garantir o tratamento profilático necessário e evitar a propagação da doença.
A supervisora do Laboratório de Saúde Pública, Sandra Rabelo, ressalta a importância da iniciativa.
“A transmissão da hanseníase é uma preocupação de saúde pública, e precisamos identificar as pessoas em risco para proporcionar tratamento precoce e eficaz. O diagnóstico precoce é essencial para evitar a disseminação da doença e suas complicações”, diz Sandra.
O projeto de descentralização representa um passo significativo em direção ao controle da doença e à melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas.