Grupo também se reuniu com o prefeito José Bonifácio e a secretária de Assistência Social, Nilza Miquelotti
Um grupo de pesquisadores da Suécia, do Rio e de São Paulo visitaram Cabo Frio, nesta terça-feira (7), para conhecer o funcionamento da Moeda Social Itajuru, programa de transferência de renda da Prefeitura. A comitiva se reuniu com o prefeito José Bonifácio, na sede do Poder Executivo, e com a secretária de Assistência Social, Nilza Miquelotti, na sede da pasta, além de conhecer as instalações da moeda e o projeto-piloto do programa, no bairro Manoel Corrêa.
“Fico muito feliz de o programa cruzar fronteiras especialmente por haver tantas moedas sociais no Brasil. E uma equipe de pesquisadores escolher nossa cidade em razão das políticas de combate à pobreza e extrema pobreza é sinal que o trabalho está sendo desenvolvido de forma organizada. Agradeço a visita, pois Cabo Frio está de portas abertas para o mundo”, declarou o prefeito José Bonifácio.
No Manoel Corrêa, a comitiva visitou o Hortifruti Sabor da União, onde fizeram perguntas sobre o faturamento; questionaram se houve crescimento e qual período do mês que as pessoas mais compram. O grupo também conheceu o mercado El-Shaday, uma drogaria, além de conversar com duas beneficiárias. No final da visitação, os meninos do projeto social Tambores Urbanos fizeram uma apresentação surpresa para os visitantes.
Durante a visita, a beneficiária Flávia Pereira falou sobre como a Moeda foi determinante em sua vida, especialmente por, enfim, conseguir concluir a graduação. Ela colabora com a comunidade onde vive e já alfabetizou mais de 50 crianças.
“Assim como outros programas sociais, a Moeda Itajuru está sendo o complemento necessário para o meu orçamento. O dinheiro que economizo nas compras com o Itajuru, eu consigo complementar para concluir minha graduação em Pedagogia, pois tenho 90% de bolsa”, contou emocionada.
Participaram do encontro Eduardo Diniz e Leonardo Oliveira, professor e pesquisador, respectivamente, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Cemif); Luiz Arthur S. Faria, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da FGV/Cemif; Anderson Oriente, professor e pesquisador do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ); Ester Barinaga Martin, Juan Ocampo Pava e Elvira B. Pinheiro, professores e pesquisadores da Lund University.
“A moeda, somada a outros auxílios federais e a demais políticas públicas implementadas pelo prefeito José Bonifácio, formam um conjunto de ações que a médio e longo prazo atuam para que a realidade das pessoas com o perfil do programa se modifique”, explicou Nilza à comitiva.
Programa Moeda Social Itajuru
Lançado em outubro de 2021, com o projeto-piloto no bairro Manoel Corrêa, atualmente o programa de transferência de renda atende 2.500 famílias distribuídas em mais quatro implantações: Monte Alegre, Boca do Mato, Porto do Carro e Vila do Ar (março/2022); Maria Joaquina, em Tamoios (julho/2022); Tangará, Emaús e Parque Eldorado 3 (outubro/2022) e Sinagoga (dezembro/2022).
Até o momento, o programa já transferiu quase R$ 4 milhões, incluindo uma recarga extra para os beneficiários, a título de 13º da moeda em 2022. Ao todo, o programa possui 231 estabelecimentos cadastrados nas localidades citadas e aptos a receber os recursos da transferência de renda.
Entre os beneficiários, o perfil social das famílias na expansão da Sinagoga, por exemplo, engloba 135 mulheres chefes de família, solteiras e com mais de três filhos; 23 pessoas com deficiência; 45 pessoas idosas; 152 famílias numerosas (com mais de 6 pessoas); e oito homens pais de família com mais de dois filhos.