Visita busca realização de um estudo no local antes da realização de uma intervenção para melhorias na estrutura
Alunos de geologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), visitaram, na última sexta-feira (1º), o Morro da Guia, no Centro de Cabo Frio. A visitação, que foi guiada pela geóloga e professora da UFRJ, Kátia Mansur, e por Wilson Miranda Júnior, diretor do Imupac (Instituto Municipal do Patrimônio Cultural), visa a realização de um estudo no local antes da realização de uma intervenção para melhorias na estrutura.
“A ideia da visitação é iniciar os preparativos para realizar o cercamento dos locais onde ficam as pedras sulcadas, e demarcar os caminhos onde os visitantes irão andar. A Prefeitura de Cabo Frio pretende realizar uma intervenção no Morro da Guia, com um projeto para reorganização desse espaço tão importante para a história da cidade”, afirma Wilson.
Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da geologia local, além das pedras sulcadas, que constituem um conjunto de rochas com depressões lineares.
Várias origens foram atribuídas às marcas nas rochas, que já foram interpretadas como polidores líticos, petróglifos, marcadores geográficos e como símbolos de rituais místicos. Estudos já demonstraram que os sulcos são vestígios de uma pedreira cuja exploração antecede a instalação da colônia portuguesa na cidade.
As rochas do Morro da Guia também foram utilizadas na construção do Convento Nossa Senhora dos Anjos, e em várias construções coloniais do município de Cabo Frio.
Para Kátia Mansur, as conchas no local indicam a presença de um sítio arqueológico, sendo necessária também uma consulta ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Essas conchas podem indicar que no solo seja um sítio arqueológico e provavelmente há muitas outras coisas abaixo. Como o Morro da Guia é tombado, o Iphan será acionado para que se faça um estudo e uma escavação, antes de realizar qualquer projeto de intervenção”, disse Kátia.