Devido a grande incidência de casos de zika no Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos, fisioterapeutas do Centro de Reabilitação de Cabo Frio participaram do seminário de “Atenção à Síndrome Congênita do Zika e Storch: experiências em estimulação precoce e continuada”, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O objetivo do encontro foi fortalecer a necessidade de estratégias de enfrentamento à doença e a importância do aprimoramento dos profissionais.
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Além das fisioterapeutas Nádia Aparecida do Amaral, Elaine Cavanellas e Fernanda Ferreira, todas de Cabo Frio, o seminário contou com a participação de profissionais e de equipe multidisciplinar de diversas regiões do Estado do Rio. Os tópicos abordados foram estimulação para crianças com síndrome de vírus zika; orientações para pais e mães de crianças com a doença; detalhamento das ações de enfrentamento ao vírus zika, além de estudos sobre pesquisa avaliativa de conceitos e experiências nos territórios.
De acordo com informações da Secretaria de Estado, o Rio de Janeiro é o terceiro em número de casos, e um dos objetivos do encontro foi debater as determinações da Portaria 3.502/2017 que pauta o fortalecimento de ações para atuar nas possíveis sequelas deixadas pela microcefalia em pacientes infectados tanto pelo vírus da zika quanto por outras síndromes causadas por Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpesvírus (STORCH). Entre as ações está o treinamento continuado dos profissionais para lidar com as consequências da doença.
“O ponto principal do seminário foi a importância da atuação e da integração da família nos cuidados e atenção à criança com microcefalia. Teve destaque também durante o encontro a dificuldade enfrentada pelos familiares de várias localidades para encontrar tratamento especializado. Logo, o evento serviu para discutir pontos importantes de medidas previstas na portaria, inclusive a possibilidade de se enviar apoio financeiro para aquisição de material necessário à estimulação precoce como bolas de bobat, colchonete, rolos etc”, contou a fisioterapeuta Nádia Aparecida do Amaral, que atua na unidade do Novo Portinho e no Hospital Municipal da Mulher.
A expectativa da Secretaria Estadual de Saúde é de que na segunda quinzena de abril seja divulgada uma nova capacitação. Além deste seminário, a Secretaria também oferece cursos voltados para pediatras para melhor acolhimento de crianças com microcefalia.