Palestra “Água em Marte – vida e colonização” encerra programação da Semana Municipal de Ciência e Tecnologia

A programação da Semana de Municipal de Ciência e Tecnologia termina nesta sexta-feira (26) com uma palestra no Museu de Arte Religiosa e Tradicional (Mart), localziado no Largo Santo Antônio, 365, Centro (Antigo Convento). O tema Água em Marte – vida e colonização” será ministrado pelo Marcelo Fernandes, que é Historiador, Coordenador Rede Rio Astronomia, membro e coordenador do ASTEROID DAY Brasil. A programação está acontecendo desde as 17h, e após a palestra terá observação de astros. O evento é aberto.

As atividades da Semana começaram na terça-feira (23) em vários pontos da cidade como universidades, escolas, praças, entre outros.  Um dos pontos altos do evento foi a Caravana da Ciência (Fundação Cecierj), que é um centro de experiências cientificas, construído em uma carreta que percorre todo o Estado do Rio de Janeiro com experimentos interativos e planetário inflável. Ela foi instalada na Praça São Cristóvão com uma ampla estrutura, incluindo estandes de experimentos científicos, exposições, planetário móvel, gyrotech, entre muitas outras atrações.

As crianças que puderam conhecer a Caravana coloriram a praça de felicidade e empolgação. Os olhares curiosos e a alegria em desvendar os mistérios do universo cientifico efetivaram o sucesso do evento, despertando o encantamento pelo mundo do conhecimento e o desejo de explorar a ciência. A Pietra Fonseca (9 anos) foi pela primeira vez a um planetário: “Me senti bem e aprendi muito, gostei bastante”. “Eu não conhecia todas essas coisas que eu vi aqui, achei tudo muito legal”, disse o Rodrigo da Costa Silva (7 anos). O Miguel Alves da Conceição (9 anos) contou que aprendeu a cuidar melhor do planeta: “Muito maneiro tudo isso. Hoje aprendi coisas novas”.

Um dos mediadores da Caravana, Gustavo Inácio, que é biólogo e trabalha com acessibilidade em espaços científicos e culturais, explicou que a intenção de socializar a ciência foi cumprida, dialogando com o tema da Semana, que é a redução das desigualdades.

“A Caravana da Ciência tem como uma das metas e princípios justamente a acessibilidade, trabalhando com temáticas de inclusão e redução de desigualdades. Buscamos mostrar a ciência de um modo diferente, tanto para as crianças quanto para os adultos das escolas, e também para aqueles que não fazem mais parte do ambiente educacional. É muito bom ver a satisfação das pessoas em viver estas experiências. Muitos não têm contato porque não é toda cidade que tem um museu, um centro de ciências e algum espaço cultural aberto e acessível, tanto financeiramente quanto em acessibilidade física e comunicacional. Em Cabo Frio, estamos conseguindo aplicar algo que a caravana tem se comprometido cada vez mais, que é se tornar acessível a todas as pessoas. Nós temos placas em braile, réplicas táteis de alguns animais na nossa exposição de ambiente marinho”, contou Gustavo.

Ele explicou ainda que no planetário é possível fazer a divulgação da cultura brasileira, da mitologia nacional, afro-indígena, que muitas vezes não é falada. “A nossa base sempre foi a Europa, então geralmente se fala só das mitologias greco-romana. Então, a Semana tem sido uma oportunidade de colocarmos em prática ações que realmente podem trazer alguma redução de desigualdades, tanto de acesso ao conhecimento cientifico-cultural quanto neste contato humano, valorizando muito mais as pessoas do que o status delas, seja em nível educacional ou de deficiências. A Semana tem sido uma alegria e é uma pena estar chegando ao fim, mas fica aquela sensação de dever cumprido, aquele gostinho de quero mais. Realmente trabalhar com educação e mostrar que estudar é algo prazeroso define a Caravana da Ciência e a nossa participação na Semana de Cabo Frio”.

O mediador planetarista da Caravana, Willian Abreu, Mestre em Ciência e Tecnologia Nucleares (IEN) e Doutorando em Engenharia Nuclear UFRJ, falou um pouco sobre as funcionalidades dos diferentes ambientes construídos na praça, repletos de atividades. “Sucesso entre as crianças, o gyrotech é um aparelho que foi inicialmente desenvolvido com a intenção de consertar a coluna de pessoas com deficiências, mas não funcionou. Com três círculos metálicos independentes, ele faz um movimento de 360° e tem o objetivo de auxiliar no equilíbrio do corpo humano. A NASA chegou a utilizá-lo entre as décadas de 70 e 80, para treinar os astronautas a manterem o equilíbrio no espaço, embora não seja uma simulação de gravidade zero”.

Willian contou também que a Caravana tem uma série de aparatos, como a bicicleta que trabalha com a transformação da energia cinética que, por meio do movimento da pessoa que pedala, é transformada em energia elétrica. “É uma forma da gente discutir com os alunos a transformação da energia e que nada se cria, passando por um processo, desde a alimentação deles, que fornece energia para pedalar e fazer o movimento, transformado em energia cinética, que gera energia elétrica e que é basicamente isso, movimentos de turbinas que geram eletricidade”.

A Carava conta com uma vasta diversidade de equipamentos, explicando ondas sonoras, campos magnéticos, biologia, jogos interativos, que desafiam o aluno a desenvolver o raciocínio logico. As antenas parabólicas instaladas na praça também podiam ser utilizadas pelas pessoas para entender, na prática, o funcionamento desta tecnologia. “As pessoas podem conversar sussurrando que do outro lado é possível ouvir claramente. Assim como os raios, as ondas eletromagnéticas, o som entra de forma paralela, se choca com a antena e vai direto para o foco. Da mesma forma que as ondas de rádio e TV”, explicou Willian, que também é cientista.

O planetário também foi um dos atrativos mais procurados. Ele é um simulador do céu, analógico, que ao projetar imagens em uma abóbada escura, permite trabalhar as constelações, as estrelas, a evolução estelar, diferentes mitologias (grega, romana, indígenas e africanas), estações do ano, coordenadas geográficas e navegação.  “A Semana está sendo fantástica. A recepção não poderia estar sendo melhor. Nós vimos as pessoas felizes, dizendo que nunca houve isso aqui. É uma sensação de vitória porque esta é a intenção, instigar as pessoas e os alunos para a ciência e a tecnologia, tão importantes para a sociedade. Isso é o que nos motiva a continuar cada vez mais este trabalho”, observou o cientista.

Na carreta estavam expostos diversos equipamentos e experimentos explicando fenômenos do cotidiano e do corpo humano de forma recreativa. Uma das mediadoras da Caravana, Thaís Azeredo, explicou algumas das atividades, que falam sobre a geração de energia e as perspectivas do olhar humano. No espaço, são expostos diversos aparatos, como o modelo da casa, que permite ver o consumo de energia, placa solar, câmaras escuras que explicam a visão humana, espelhos côncavos e convexos que mudam a forma do corpo, caleidoscópio, um cone que faz a bola ‘flutuar’ e que permite explicar o voo do avião. Segundo a mediadora, a câmara escura tem apenas uma entrada de luz que tem um anteparo meio transparente que inverte a imagem quando a luz incide sobre ela.

“Comparamos com coisas do nosso dia e que sejam surpreendentes. As turmas têm sido ótimas, elas veem tudo primeiro como um brinquedo e depois começam a perceber que tem uma explicação, e isso é o interessante da divulgação cientifica, encantar as pessoas com alguma curiosidade, trazendo para os termos da ciência. Temos sido muito bem recebidos e acolhidos. A Semana tem vasta programação, podemos perceber que a cidade está muito envolvida, com diversas outras atividades além da caravana da ciência, com participação de vários grupos diferentes”, observou Thaís Azeredo.

A Caravana da Ciência cobre todo o estado do Rio de Janeiro. Basta as cidades entrarem em contato neste e-mail: caravanadaciencia@cecierj.edu.br. Confira aqui a rede social da iniciativa.

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NOTA EXPLICATIVA: Nesta página estão detalhados os lançamentos feitos em nome de ANDRE LUIZ NASCIMENTO VIEIRA E OUTROS, no Exercício de 2021 e MARLLON GOMES DA SILVA TEIXEIRA E OUTROS no Exercício de 2022, feitos de modo sumarizado.

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