Representantes da Prefeitura de Cabo Frio participaram na manhã desta terça-feira (26), de uma audiência pública promovida pela Câmara Municipal dos Vereadores para discutir o futuro do antigo galpão de sal, que fica na Passagem.

Além de integrantes do poder público municipal que participam do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, compareceram à reunião aberta o procurador-geral do município, Bruno Aragutti Mônica e o secretário de Desenvolvimento da Cidade, Felipe Araújo.

Após as falas iniciais da mesa, foi concedido o tempo de 20 minutos para que o representante do proprietário do imóvel, o arquiteto Manoel Vieira, e o historiador João Christóvão apresentassem argumentos pela demolição e pela permanência do imóvel, respectivamente.

Primeiro a falar, Manoel Vieira argumentou que o imóvel em discussão é de período posterior ao do ciclo portuário do sal em Cabo Frio, portanto, na opinião dele, sem relevância histórica para preservação.

“Não demolir após todas as licenças, inclusive uma da Prefeitura, em 2011, vai trazer uma insegurança jurídica muito grande. Eu temo que depois disso não haja mais interessados em comprar terrenos na cidade”, argumentou.

De outro lado, João Cristovão rebateu os argumentos e disse que a importância da preservação acontece não apenas pelo imóvel em si, mas pelo que ele significa dentro do contexto histórico das redondezas.

“Entendo que é um patrimônio extremamente importante para a história da cidade. Não se trata apenas de um CEP, mas de todo um entorno, uma questão cultural ligada ao cais do porto”, defendeu.

Após a fala de ambos, a audiência foi aberta para considerações dos vereadores, além de perguntas e pronunciamentos de pessoas na assistência, composta por integrantes de diversos segmentos da sociedade civil, como historiadores e defensores do patrimônio, em geral.