Agentes da Secretaria de Meio Ambiente e da Coordenadoria de Assuntos Fundiários da Secretaria de Desenvolvimento flagraram, na manhã desta quarta-feira (17), supressão ilegal de vegetação de mangue e ocupação irregular de área de proteção ambiental, no Centro Hípico, dentro do Parque do Mico-Leão-Dourado, no Distrito de Tamoios. A ação foi motivada por uma denúncia anônima, que relatava a destruição do mangue com intenção de utilização do local para fins comerciais.
Ao chegar ao local, os agentes se depararam com uma situação inusitada, pois a mesma pessoa que destruiu o mangue, colocou uma placa incentivando a vizinhança a plantar mudas na cerca de pneus que fez para “demarcar” o local onde, segundo a mesma denúncia, pretendia instalar uma barraca para venda de pastéis.
Os agentes ainda encontraram uma antiga placa colocada pela prefeitura, exatamente no local, que alertava contra o desmatamento, a caça e construções ilegais, jogada dentro do mato.
Nenhum responsável pelo desmatamento estava no local para receber as sanções legais.
Em frente ao local, os fiscais notaram despejo de esgoto in natura no leito do Rio São João, por parte de uma residência, e despejo de óleo direto na rede de captação águas pluviais, por parte de uma oficina mecânica. Os responsáveis pelas duas ocorrências foram notificados pelos agentes.
Ao fazer a entrega dos pneus recolhidos na área do Parque do Mico-Leão-Dourado na sede da Comsercaf no Distrito de Tamoios, os agentes perceberam o som de uma motosserra e ao averiguarem, flagraram o corte ilegal de árvores, e o anelamento (técnica ilegal utilizada para matar árvores) de outras duas árvores, no quintal de uma residência. A motosserra foi apreendida e os responsáveis identificados e notificados a apresentar documentação e licenças para a atividade.
“Nossos agentes estão de parabéns. Fizeram uma denúncia render vários flagrantes. Isso mostra o comprometimento e responsabilidade com que cada um deles exerce a sua função. Nossa cidade é cercada de natureza por todos os lados e, apenas com operações assim, poderemos minimizar a prática de crimes ambientais”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira.
Para o coordenador de Assuntos Fundiários, as operações conjuntas com o Meio Ambiente são fundamentais para a proteção de áreas ambientais e áreas públicas da ação de criminosos.
“Geralmente um crime ambiental vem acompanhado de uma ocupação irregular, um parcelamento irregular do solo para fins comerciais e outros delitos contra o patrimônio natural ou contra o patrimônio público do município. É sempre difícil conseguir flagrar os responsáveis, mas nossos agentes irão permanecer em rondas permanentes no local para identificarmos e responsabilizarmos as pessoas que destruíram parte do mangue para fins comerciais. Eu aproveito para reforçar as palavras do secretário do Meio Ambiente e parabenizar nossos agentes pela atenção, seriedade e comprometimento com que desenvolvem seu trabalho”, acrescentou o coordenador de Assuntos Fundiários, Ricardo Sampaio.