O Dia de Luta contra Hanseníase será marcado em Cabo Frio e Tamoios com palestra informativa sobre a doença. A ação acontece no PAM de São Cristóvão e de Santo Antônio nesta quarta-feira (31), das 9h às 16h, e no PS de Unamar na quinta-feira (dia 1º) no mesmo horário. A iniciativa é promovida pela Coordenação dos Programas de Tuberculose e Hanseníase e tem por objetivo incentivar o diagnóstico precoce.
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A dermatologista Bianca Guaraldi fará palestra no PAM de São Cristóvão. Haverá ainda distribuição de folders e apresentação de vídeo explicativo sobre a doença, sintomas, combate ao preconceito, tratamento etc. A equipe do programa TB/Hansen participa das atividades do dia.
Os enfermeiros Giselle Matias e Francisco Vale promovem no PAM de Santo Antônio, em Tamoios, palestra informativa, enquanto no Posto de Saúde de Unamar, também no distrito, a ação será realizada pela equipe do dermatologista Gelson Guaraldi com distribuição de folders. Vale destacar que nos últimos cinco anos Cabo Frio não registrou mais do que 20 casos da doença, sendo quatro em 2017 contra 12 no ano anterior.
“É muito importante a prevenção no que se refere à nossa saúde. Se a hanseníase não for descoberta e tratada a tempo o indivíduo pode sofre com várias sequelas, algumas muito graves, que podem até impossibilitar a pessoa de trabalhar. Então, é necessário que todos fiquem atentos a qualquer um dos sintomas da doença”, alertou a enfermeira Veleida Silva, coordenadora dos Programas de Tuberculose e Hanseníase de Cabo Frio.
O primeiro mês do ano foi escolhido e denominado “Janeiro Roxo” pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) para fomentar o combate à doença. Este ano, o tema da campanha nacional é “Todos contra a Hanseníase”. Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.
Apesar do termo de compromisso mundial assinado pelo governo brasileiro em 1991 comprometendo-se a eliminar a doença até 2010, a cada ano surgem cerca de 40 mil novos casos de hanseníase. Dentre eles, diversos indivíduos em situação de deformidade irreversível.
SAIBA MAIS SOBRE A HANSENÍASE
Fonte: Ministério da Saúde, Fiocruz
A doença
A hanseníase, assim denominada oficialmente desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, um parasita que ataca pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. O período de incubação após contágio varia, em média, de dois a sete anos. Não é uma patologia hereditária.
Os sintomas
A primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes de cor avermelhada ou esbranquiçada ou amarronzada, em qualquer região do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor. As manchas podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas. Placas, caroços, inchaço, formigamento, febre, sangramento, ferida, ressecamento do nariz e dos olhos, além de fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.
A transmissão
A doença é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, caso o portador não esteja sendo tratado. Segundo a OMS, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Cerca de 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, tornando o indivíduo incapaz de transmiti-los a outras pessoas.
As sequelas
A demora no tratamento pode resultar em sequelas, inclusive permanentes.
Ao atingir o nervo, pode levar a alterações sensitivas, motoras, gerando deformidades nas articulações das mãos. O paciente pode ter dificuldade de movimento em alguma parte do corpo e enervação das glândulas, que prejudica a lubrificação da pele.