Local estava fechado desde 2015
A Prefeitura de Cabo Frio reinaugurou de maneira simbólica nesta sexta-feira (5) o Parque Natural Municipal Dormitório das Garças. A data, em que é comemorado o Dia Internacional do Meio Ambiente, foi estrategicamente escolhida para a entrega da unidade à população.
O Parque, que funciona ao ar livre, estará aberto para visitação, seguindo as medidas de combate à disseminação ao novo coronavírus. O local estava fechado ao público desde 2015. Foram três meses de obra, que contemplou o pórtico da entrada, toda estrutura administrativa, os banheiros, toda a extensão de 300 metros de deck que liga a unidade ao Canal do Itajuru e a extensão da tela de arame ao longo da Avenida Wilson Mendes.
“Hoje, Dia do Meio Ambiente, estamos reabrindo o Dormitório das Garças, local que ficou tanto tempo destruído. Nós estamos ganhando esse presente. É uma conquista para todos os cabo-frienses e todas as pessoas que amam a natureza. Temos que preservar o que a gente tem de mais valioso que é o nosso ecossistema”, comemorou o prefeito Dr. Adriano Moreno.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, que conduziu a obra, o investimento foi R$344.697,62, oriundos do Fundo Municipal de Meio Ambiente. A receita é decorrente das taxas de licenciamento, das multas, dos autos de infrações e do estacionamento da Praia do Peró.
O objetivo é transformar o parque em laboratório de pesquisas e educação ambiental a céu aberto. Assim que a pandemia acabar, três biólogos e um monitor ambiental vão promover visitas guiadas e recreativas, fazendo com que os estudantes e a população cabo-friense possam conhecer o ecossistema do local, que é único no mundo, um mangue hipersalino, berçário da Laguna de Araruama, crucial para a manutenção de crustáceos e peixes do manancial. ”, explicou Mario Flavio Moreira, secretário de Meio Ambiente.
O Parque Natural Municipal Dormitório das Garças foi criado pela Lei 1.596 de 29 de novembro de 2001 e representa um ecossistema de manguezal revestido de importância especial por estar situado no início da maior laguna hipersalina do planeta, em estado permanentemente aberto. A unidade abriga uma população de cerca de 1.400 garças brancas, colhereiros (visitantes sazonais), além de mais 39 espécies de aves. É predominantemente um siriubal (mangue negro), ocupando uma área de aproximadamente 215.000 m², não recebendo qualquer aporte sistemático de água doce, apresentando relevo plano, clima seco, alta insolação, baixa pluviosidade e ventos constantes.